Porque
me filio ao pensamento de Marcuse que
pontificou no final dos anos 50 que a propositura, ir do socialismo utópico ao
científico(Engels)tinha fracassado na URSS e que agora era ir do acabado “
socialismo científico”(se existiu um)para formas várias de utopia.
Na
verdade tanto o conceito de comunismo quanto o d e utopia(obviamente)são
polissêmicos e não absolutamente previsíveis.
Um
comunismo que crie um tempo livre ,como eu pontuei no artigo anterior ,pode ter
um viés religioso,mas também incorporar ou manter
algo do passado ,como empresas privadas e dinheiro.
Desde
o surgimento do comunismo e do socialismo modernos a pluralidade de modelos
está sempre presente.A Revolução Russa,se portando como única via da utopia
,escondeu este fato ,que está desde o nascedouro.
Existem
diversos socialismos e comunismos,no âmbito da teoria e no da sociedade
mesmo,porque várias religiões preconizam formas de comunismo,como eu tenho
narrado aqui.
Em
“Três fontes do comunismo” Lênin apontou:a politica francesa,a economia inglesa
e a filosofia dialética alemã.Não obstante convergirem ,cada uma delas divisa
um caminho possível de realização da utopia:pela politica,com mais ou menos
liberdade,por uma nova forma de economia,favorável a todos e por uma filosofia,mais
fechada ou mais livre.
E
hoje,na China,a divisão entre um sistema socialista e outro capitalista reconhece
as diversas legitimidades envoltas no problema da utopia:a liberdade individual,desigualitária e o igualitarismo coletivista(de sempre).
Uma
nova forma virá consagrando estes dois direitos?Ser individual e coletivo ,sem
anátema?
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