segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

O fim da dialética

 

Chegou o momento de expor as razões pelas quais a dialética hegeliano/marxista sempre foi uma ilusão.Venho falando sobre isto há anos,mas este artigo é fundamental porque eu trabalho com aquele filósofo e epistemólogo que cravou no peito do vampiro da razão,a estaca mortal:Popper.

Eu vou relembrar as duas primeiras razões contra a  dialética:a minha própria,levando em conta o papel do acaso;a de Aristóteles e a de...Popper.

Quando eu falo em acaso é porque na concepção de Hegel o acaso só s e define no processo dialético do causal.O oposto do casual é o causal.O acaso e aí é que reside a fraqueza da dialética hegeliana (e marxista):o casual só se define por ele mesmo,porque se assim não for já não o é,mas parte deste processo.

A dialética do finito e do infinito parece justificar a sua realidade,a sua veracidade.Mas a do causal e casual é visivelmente uma grande besteira.

Custa a crer que um filósofo de grande categoria como Hegel caísse nesta esparrela(e um pensador como Marx também),mas é sabido hoje que o primeiro tem coisas sublimes e geniais,mas em outros momentos é um verdadeiro charlatão(e Marx é profundamente datado no século XIX).

Mas é o furor de explicar,de não deixar lacuna nenhuma na compreensão do mundo que conduz a este quiproquó.

Se Kant tivesse sido estudado mais acuradamente ficaria claro,antes mesmo do principio da indeterminação de Heisenberg ,que não se conhece tudo,de plano,de pronto,para sempre e que,portanto,o casual ,em suas múltiplas manifestações pode ser algo a  não ser conhecido ou conhecido depois,numa escala de tempo,já que o homem está no tempo.

Existem certos saberes que ainda não temos e podemos ficar s em saber,como a linguagem dos maias.Se nós olharmos para o mundo abissal esta verdade ,quiçá definitiva ,se apresenta o tempo todo.

Então o casual é casual mesmo,não necessariamente relacionado com o causal.

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