Há muito queria escrever este
artigo.Na verdade eu já fiz um outro sobre
um livro famoso deste autor:o comportamento psicológico correspondente aos
métodos propostos ao longo da história.
Mas agora trato da polêmica de
Mach com Lênin,ou melhor,deste último com ele.
No inicio do século XX começou a
se provar a existência do átomo e da
molécula ,coisas que não eram admitidas no final do século XIX,por influência
do positivismo em geral,que só admitia a ciência daquilo que podia ser “observado”.
Mas a contribuição de Rutherford
,mostrando que havia alguma coisa além do eléctron,do elemento que “produzia” a
eletricidade,desencadeou toda uma discussão sobre como abordar a realidade e
ficou claro que havia outros estados da matéria,outras realidades físicas que
iam além da matéria.
Aquilo que a filosofia vinha
notando ao longo do tempo,a física confirmou ,avançando na compreensão de que o
mundo é plural e não monístico,movido por uma causa única.
A descoberta do átomo ,da
molécula ,tem este significado e aqueles que ainda se aferravam à ciência do
século XIX,atacaram aqueles que aceitaram a nova realidade.
Foi o caso de Lênin em relação a
Ernst Mach.Mach,seguindo Kant,elaborou a teoria da “coordenação de princípios”,pela
qual o sujeito cognoscente ,tendo as sensações do real o organiza para que
tenha sentido e explicação.
Lênin (e o materialismo ligado
ao marxismo)se insurge contra esta idéia ,em nome da objetividade como algo
essencial à ciência.
Este debate precisa ser
esmiuçado para entender alguns problemas do entendimento da filosofia e da
ciência ,nas suas relações mútuas.
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