Jacques Monod ,na década de 60
do século passado lançou a idéia da “ filosofia expontânea dos cientistas”,se
referindo basicamente às reflexões de Galileu sobre suas
descobretas,especialmente na sua caracterização histórica de criador do
empirismo ,do experimentalismo,coisa que não é verdade.
No entanto,hoje,em termos
éticos,eu penso que a filosofia expontânea é algo importantíssimo na atividade
científica,porque ela acaba por oferecer um reconhecimento ao cientista,que ele
não obteria por suas eventuais descobertas.
A imagem da História da Ciência é
pululada de grandes feitos e grandes cientistas,mas existem contribuições
importantes,que são mais simples e que não têm repercussão na mídia.
Quando um cientista assim obtém
pelo seu pensamento algo mais do que a sua atividade cientifica tem uma chance
maior de reconhecimento e continua a
oferecer contribuições úteis para a sociedade.
Isto evita que o cientista
muitas vezes ultrapasse a ética para fazer coisas,dizer coisas,além daquilo que
deveria,produzindo distorsões,falsidades,que têm um efeito ainda mais grave sobre
esta mesma sociedade e sobre as gerações futuras.
Para aparecer e até para poder
divulgar o seu trabalho ultrapassa os limites éticos de sua profissão.
Cientista só fala quando tem
comprovação daquilo que propõe, daquilo que apresenta como verdade.
Fora isto ,não pode ir além,a
não ser colocando tudo em termos de teoria ou hipótese.
Há cientistas que diante desta
incapacidade de provação,inventam e insistem num caminho sem saída.
Acontece com todo mundo.
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