quarta-feira, 17 de abril de 2024

O Estado de Aristóteles A Marx Passando por Hegel

 

As mudanças havidas no estado concretamente considerado e como parte de teorias começa com Aristóteles e atinge o nosso tempo principalmente em Hegel e Marx.

Mas eu queria ressaltar que essencialmente não há uma diferença assim tão grande  entre a família e o estado e isso para mim é muito importante porque modifica um pouco a visão da utopia,que separa,no marxismo,a família do estado e   da politica,um problema que a economia politica resolve.

Aristóteles foi o primeiro a fazer esta distinção entre a economia da casa,as tarefas da casa e as da polis.

Como Hannah Arendt explicaria em a “Condição Humana” foi esta  a razão pela qual se criou o conceito de “otium cum dignitate”,mas também a separação entre o trabalho comum e braçal e o intelectual,bem como cria-se a finalidade de produzir obras imortais:para cuidar da liberdade dos cidadãos o homem se afasta da família e só se dedica ,em tempo integral  aos problemas da cidade,à  estratégia de sua realização(por isto os lideres gregos,como Péricles, são chamados estrategas).

No século XIX Hegel ia pelo mesmo caminho de Aristóteles ,mas como a sociedade era outra,se complexificou ,aparecendo a sociedade civil burguesa e a economia,ele encontrou no termo sociedade civil o elo necessário entre estado moderno e a sociedade em si mesma ,em suas relações econômicas burguesas.

Como leitor de Adam Smith ,ele absorve esta nova realidade e é partir de sua organização ou de sua compreensão,em “ A Filosofia do Direito”,que Marx realiza a sua crítica.

Para ele estas relações são falsificadas,porque legitimadas apesar de seu caráter de exploração e de desigualação.Esta desigualdade conspurcaria este estado/cidadão do passado e do presente.A cidadania não seria senão uma falsidade.to be continued.

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