Há um livro que trata destas
relações entre o marxismo e a filosofia,para além do que Edmund Wilson disse:é
o livro “marxismo,alvorada ou crepúsculo”do sr. Jorge Boaventura.
Há muitos anos escrevi um artigo
em que afirmava que o marxismo era igual ao aristotelismo e principalmente ao
tomismo,porque a relação com a filosofia
era digamos assim tutelar.
No caso do marxismo não é propriamente
tutelar ,mas de “ condescendência” com um período supostamente “ infantil” da
humanidade.
A posição do marxismo é semelhante à do positivismo:a filosofia é de
uma época em que os homens ainda não compreendiam realmente como era o mundo ,a
natureza,porque estavam obscurecidos pelo véu da ignorância e da religião.
Quando superaram esses limites
puderam fazer “ ciência verdadeira”.
Nos manuais soviéticos se vê
muito disto aí:enquanto os homens,na relação com a natureza ,não possuíam uma “ verdadeira” compreensão
dela,de suas “ leis”,ficaram envoltos no véu do mito e da religião.
É a consequencia daquilo que
Horkheimer chama de “ desencantamento do mundo”,que ainda marca presença nos
dias de hoje.Tratarei deste fato em próximo artigo.
Engels,como já expliquei,é que
determinou momento de ruptura com o “
passado filosófico”.
No prefácio ao terceiro volume
de O Capital ele compara Marx a Lavoisier e seu uso da balança ,que teria
operado um “ corte epistemológico”com o “ passado” da filosofia identificada
com a metafísica,mas tal não aconteceu e nós vemos que a falta de uma base filosófica comprometeu
inapelavelmente o marxismo.To be continued.
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