quinta-feira, 4 de abril de 2024

A filosofia se vingou do marxismo

 

Há um livro que trata destas relações entre o marxismo e a filosofia,para além do que Edmund Wilson disse:é o livro “marxismo,alvorada ou crepúsculo”do sr. Jorge Boaventura.

Há muitos anos escrevi um artigo em que afirmava que o marxismo era igual ao aristotelismo e principalmente ao tomismo,porque a relação com a  filosofia era digamos assim tutelar.

No caso do marxismo não é propriamente tutelar ,mas de “ condescendência” com um período supostamente “ infantil” da humanidade.

A posição do marxismo  é semelhante à do positivismo:a filosofia é de uma época em que os homens ainda não compreendiam realmente como era o mundo ,a natureza,porque estavam obscurecidos pelo véu da ignorância e da religião.

Quando superaram esses limites puderam fazer “ ciência verdadeira”.

Nos manuais soviéticos se vê muito disto aí:enquanto os homens,na relação com a natureza  ,não possuíam uma “ verdadeira” compreensão dela,de suas “ leis”,ficaram envoltos no véu do mito e da religião.

É a consequencia daquilo que Horkheimer chama de “ desencantamento do mundo”,que ainda marca presença nos dias de hoje.Tratarei deste fato em próximo artigo.

Engels,como já expliquei,é que determinou  momento de ruptura com o “ passado filosófico”.

No prefácio ao terceiro volume de O Capital ele compara Marx a Lavoisier e seu uso da balança ,que teria operado um “ corte epistemológico”com o “ passado” da filosofia identificada com a metafísica,mas tal não aconteceu e nós vemos  que a falta de uma base filosófica comprometeu inapelavelmente o marxismo.To be continued.


 

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