A meu ver só se entende os erros
e acertos deste nexo dentro da perspectiva histórica,do que estava acontecendo no período
imediatamente posterior à revolução francesa.
Já aventei algumas conclusões no
artigo anterior sobre o mesmo tema.Mas vou aprofundar agora algumas questões
importantes:o problema central era que pela primeira vez na História o
movimento físico era amplamente
admitido,pelo menos pelos setores cientificos e intelectuais da europa.
Para nós hoje isto chega a ser escandoloso,nós
que encaramos o movimento como algo tão natural e corriqueiro.
Mas ainda havia dúvidas por
parte inclusive destas referidas elites.Com a
revolução francesa tudo mudou e aí era necessário explicar este
movimento na sua relação com o tempo e
na vida social.Na vida social e
na História.
Tanto Hegel quanto Marx estão
tateando neste caminho.Dar sentido às coisas,à história,ao tempo,significa o
quê para eles?
Proudhon e outros autores(até
Kant podemos incluir)não atribuíam propriamente importância a esta
questão,porque viam tudo dentro de uma perspectiva dir-se-á meta-histórica ,e
acima de tudo ética e moral.
Como muitos utopistas eles viam o
esforço humano para melhorar a humanidade como algo concreto,de iniciativa das
pessoas,dos militantes em prol do bem geral.
Modelos explicativos e justificadores
e de previsão cientifica não tinham importância.Só a iniciativa real e concreta
das pessoas.
Porquê Hegel e Marx faziam
questão disto aí?Por causa do sentido,da visão do sentido que as coisas deviam
ter,mas também acoplado a isto ,uma razoável preocupação com o movimento e sua
natureza.Isto sem falar que nos objetivos dos utopistas a perspectiva era
essencialmente limitada.
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