sábado, 16 de março de 2024

Esclarecimentos Sobre três concepções analisadas Por mim

 

Na medida em que não fica claro que a lei do valor de Marx incida,algumas visões sobre o capitalismo e a realidade em que vivemos,de exploração e desigualdade ,devem ser explicadas,para que não hajam dúvidas quanto às minhas posições hoje.

Em primeiro lugar não quer dizer que a exploração deixou de existir:ela se pulverizou em muitas formas.

Quando há condições de elevar os salários e tal não é feito,há exploração;quando certos setores da sociedade  ganham salários diferentes ,há exploração;quando barreiras são criadas ao desenvolvimento dos coletivos e das pessoas individualmente,há exploração.

Mas a discussão sobre o modo de ver de Marx me impôs uma revisão de porque o capitalismo entra em crise,o  que tem a ver com um problema da própria humanidade em toda a sua história:a humanidade,como todo homem individualmente ,nasce sem conhecimento do mundo ao seu redor e neste processo de “aprendizagem” e compreensão do seu entorno as exigências  de sobrevivência impõem modos de organização que só prejudicam a ela própria e  distorcem este seu caminho no tempo.

O ponto de partida é sempre ruim e quando ela adquire experiência e compreensão real de como as coisas funcionam e devem ser entendidas,todo este entulho do passado a oprime,a dificulta,no seu propósito de utopia,de achar uma sociedade ideal.

É aquilo que Comte diz e que foi a frase de final de vida do Marechal Rondon(segundo o testemunho de Darcy Ribeiro): “ cada vez mais os vivos são governados pelos mortos”;ou como diz Marx em o 18 brumário: “As tradições do passado oprimem como um pesadelo o cérebro dos vivos”.

A época contemporânea é aquela que admite o tempo e o movimento como realidades decisivas do mundo.Ela se coloca permanentemente no dever de auto-atualização,por exigência subjetiva e objetiva.

Era possível à  humanidade,se este entulho não existisse ,construir a utopia(?).Porque não se dá desta forma?

A minha resposta é  a seguinte:pelas condições a que nos referimos,mas não só,o homem tem mais dificuldade em construir mediações liberadoras do que se desviar nas relações imediatas.

Explico:é como Malthus pontuou.Não é que eu desconsidere aquilo que Marx destacou no seu(dele)pensamento:claro que ele tem uma ideologia justificadora da guerra e da limpeza da sociedade,coisa que reverberou até nos nazistas.O que eu digo,no entanto,é que ele tem razão ao afirmar que é fácil reproduzir-se e bastante difícil construir as condições de alimentar este crescimento populacional.

A discrepância destes dois movimentos não é causado por ela própria ,sem a intervenção dos interesses de classe ,mas estes não são a causa única e reproduzem aquilo que já é um problema da sociedade na sua relação com o mundo.

Contudo existem discrepâncias  também na democracia:a similitude é a mesma que esta aí.A democracia tem uma obrigação de solução dos problemas da sociedade para além das suas imensas vantagens existenciais,pois ela não existe sem o principio da liberdade,que reconhece.

Contudo se existencialmente,isto é,no plano individual, ela é ótima ,na imediação,na hora de construir a utopia,na mediação,esta infinidade de pessoas dificulta e qualquer ruido a põe em perigo.

Na verdade são três problemas que se imbricam:Malthus,a exploração no capitalismo e  a democracia.

 

 

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