Na
medida em que não há uma racionalidade absoluta do mundo,a não ser uma sua racionalização subjetiva,esta
proposição antiga tem como ser
deslindada.
Se
o casual é casual mesmo,de per si ,não porque fazer um relacionamento
entre estes dois termos,porque como venho explicando no que diz respeito ao
nexo dialético Hegel/Marx,se o casual só se define pelo causal não o é mais,nem no rela ,nem no discurso.
Aplicando
à proposição latina nós vemos que o “ facit saltum” é o casual,aquilo que acontece
casualmente,uma mudança de qualidade repentina e súbita que muda o real.
O
“ non facit saltum” diz respeito ao causal,à determinação constante entre os
diversos elementos ,os quais não envolvem o casual,o risco,o repentino e
súbito.
Se
o casual se torna dominante há uma desagregação geral e caótica do real.Que só
é compreendida como tal e não racionalizável,de
modo nenhum.
No
século passado alguns autores viram no caos,na desagregação ,a possibilidade pura,real
,de que algo venha a ocorrer.
No
plano da física não se sabe desta possibilidade,mas no plano
psicológico,cultural,subjetivo e interpretativo,até certo ponto ,as
possibilidades de (re-)construção do discurso é grande.
Neste
aspecto o casual se transforma eventualmente em causal ,mas não se pode ,por
isso,diluir a sua condição no causal .
O
risco ,como manifestação do casual,há que ser reconhecido,mas não
racionalizado porque senão legitima uma certa irresponsabilidade .
Tratarei
desse problema em próximo artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário