sábado, 10 de fevereiro de 2024

A definição de comunismo Segundo os direitos humanos III

 

Outras reflexões eu faço aqui sobre esta       questão.Ser social-democrata não quer dizer anti-comunista ou muito menos anti-utopia.

No período inicial da Revolução Portuguesa Mario Soares afirmou num discurso que o objetivo dos socialistas era idêntico ao dos comunistas, “uma sociedade sem classes”,mas através da democracia.

A esquerda radical,e os comunistas entre eles,sempre jogou sobre certas figuras históricas uma pecha geral de incompetência,burrice,imbecilidade,porque elas não fizeram o que ela queria.

É assim com Napoleão III,de quem se esperava uma revolução, e que foi chamado,por não fazê-la,de “cérebro de toucinho”, “sobrinho do tio”,por Marx ou de “pequeno”,por Vitor Hugo.

E também no caso de Mario Soares ,por não aceitar a imposição destes radicais.

Mas os caminhos da utopia são mais complexos e por isto mais variáveis do que se imagina,do que imaginam os comunistas,que não são donos da vida e da história coisa nenhuma.Ninguém é dono nem de si mesmo,porque não há previsibilidade nem do momento em que partimos para o outro mundo.

A construção da utopia,portanto,é um processo que se faz fazendo,no cotidiano e não considerando necessariamente o nosso tempo de vida,como disse uma vez Erundina.

Partindo desta premissa nós temos que mudar um pouco o que os próceres do comunismo pensavam ser verdade no passado:ninguém pode afirmar que o dinheiro não será útil no futuro;e a idéia comunista é perfeitamente legitima se a entendermos “por cima”,distribuindo a riqueza por todos e não dividindo a miséria.

 

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