quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Kant e Heidegger II

 


 

Sempre pensei que as rupturas são psicológicas apenas.Mesmo com o aparecimento do acaso,do casual per si ,a ruptura não se dá no plano da racionalidade explicativa.O casual é reconhecido quando é parte do processo explicativo.Quando sua incidência “ causa” algo.O que já fere o principio da ruptura.

Mas persistindo de per si ele mostra apenas que a ruptura objetiva,real,não tem consequencias.

No mais não admito na racionalidade explicativa e organizadora do real uma rutura.

Então entre o ôntico e o ontológico há sim uma ainda que tênue,ligação.Para Husserl a “estrutura” noético-noemática é a construção fenomenológica de sentido,que passou para Heidegger,seu discípulo.

Contudo não se há de falar numa fenomenologia,num processo de acontecimento,numa presença,que é um movimento previamente admitido e reconhecido,sem que as essências (nous )não s e reportem,ainda que,repito tenuamente, ao ontológico.

Cair no ontológico como fez Hegel é um outro problema.Mas no caso de toda a fenomenologia,há uma referência substantiva na essência.

Nas coisas especificamente é fácil encontrar esta ligação:num quadro,numa parede,não há como separar.

Mas no ser humano,nas ações humanas ,que inclusive organizam este mundo concreto,a relação é mais distante.Mas está lá.

O exemplo que sempre uso,porque facilita outros exemplos,e está em Heidegger é o do professor:onde está a substância concreta que fundamenta a essência do ensino(que não existe sem aprendizagem)?

Ora ,não se pode falar num professor e num aluno sem o corpo e ainda que o primeiro se vista de passista do salgueiro se ele for entendido,pelo aluno,não há como negar uma relação de ensino-aprendizagem.

Acaso tal troca não é concreta?Como s e define o concreto?

 

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