Sempre
pensei que as rupturas são psicológicas apenas.Mesmo com o aparecimento do
acaso,do casual per si ,a ruptura não se dá no plano da racionalidade
explicativa.O casual é reconhecido quando é parte do processo explicativo.Quando
sua incidência “ causa” algo.O que já fere o principio da ruptura.
Mas
persistindo de per si ele mostra apenas que a ruptura objetiva,real,não tem
consequencias.
No
mais não admito na racionalidade explicativa e organizadora do real uma rutura.
Então
entre o ôntico e o ontológico há sim uma ainda que tênue,ligação.Para Husserl a
“estrutura” noético-noemática é a construção fenomenológica de sentido,que
passou para Heidegger,seu discípulo.
Contudo
não se há de falar numa fenomenologia,num processo de acontecimento,numa
presença,que é um movimento previamente admitido e reconhecido,sem que as
essências (nous )não s e reportem,ainda que,repito tenuamente, ao
ontológico.
Cair
no ontológico como fez Hegel é um outro problema.Mas no caso de toda a
fenomenologia,há uma referência substantiva na essência.
Nas
coisas especificamente é fácil encontrar esta ligação:num quadro,numa parede,não
há como separar.
Mas
no ser humano,nas ações humanas ,que inclusive organizam este mundo concreto,a
relação é mais distante.Mas está lá.
O
exemplo que sempre uso,porque facilita outros exemplos,e está em Heidegger é o
do professor:onde está a substância concreta que fundamenta a essência do
ensino(que não existe sem aprendizagem)?
Ora
,não se pode falar num professor e num aluno sem o corpo e ainda que o primeiro
se vista de passista do salgueiro se ele for entendido,pelo aluno,não há como
negar uma relação de ensino-aprendizagem.
Acaso
tal troca não é concreta?Como s e define o concreto?
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