sábado, 8 de março de 2025

A qualquer hora Retorno a Marx

 

Não esqueci Marx não,nem o processo social.Acabei de ler a biografia de Marx de Gareth Jones,o jornalista e escritor que foi assassinado provavelmente pelos bolcheviques ,por denunciar a coletivização forçada na Ucrânia.

Esta é a melhor biografia,embora possua problemas de aprofundamento e de erros quanto aos fatos.

Mas uma biografia de Marx só pode valer se for crítica.A biografia dos soviéticos apresenta interesse ,mas é laudatória,deixando de lado problemas excruciantes do percurso do pensador.

Marx era mais pensador do que filósofo,pois tratava de diversos assuntos,enfeixados pela dialética.

A sua filosofia é muito derivativa de Feuerbach,mas é uma contribuição real,a se reconhecer realmente como válida.

Mas eu vim falar de Marx e relembrá-lo por causa do movimento social.

O que eu falei aqui teve pouca repercussão.Não preguei no deserto,porque não houve expectativa nenhuma,como não há nas hostes da esquerda.

Não há em lugar nenhum.A nave vai do jeito que dá ,como se tudo estivesse no seu lugar.

Não arrefeceu em mim o espirito de luta ,mas sozinho não tem muito sentido,além de desenvolver uma esperança de que algo aconteça.

Sempre fui contra esta postura:penso que devíamos insistir,criar alternativas,grupos,açulando a vontade.Contudo a condição objetiva não se move e aí ,sem nem mesmo uma esperança ,eu não me movo também.

Não consigo ver Marx como um acadêmico:é sempre associado à luta,mas neste contexto de desolação não resta também senão incluir no processo de luta certas discussões filosóficas ou pensamentais a respeito de Marx:suas origens e influência,o tema da alienação e do comunismo,mas não se há de negar que ele foi descarnado.

Pelo menos esta é a minha sensação,depois de destrinchá-lo.Para minha tristeza.

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