Não
esqueci Marx não,nem o processo social.Acabei de ler a biografia de Marx de
Gareth Jones,o jornalista e escritor que foi assassinado provavelmente pelos
bolcheviques ,por denunciar a coletivização forçada na Ucrânia.
Esta
é a melhor biografia,embora possua problemas de aprofundamento e de erros
quanto aos fatos.
Mas
uma biografia de Marx só pode valer se for crítica.A biografia dos soviéticos
apresenta interesse ,mas é laudatória,deixando de lado problemas excruciantes
do percurso do pensador.
Marx
era mais pensador do que filósofo,pois tratava de diversos assuntos,enfeixados
pela dialética.
A
sua filosofia é muito derivativa de Feuerbach,mas é uma contribuição real,a se
reconhecer realmente como válida.
Mas
eu vim falar de Marx e relembrá-lo por causa do movimento social.
O
que eu falei aqui teve pouca repercussão.Não preguei no deserto,porque não
houve expectativa nenhuma,como não há nas hostes da esquerda.
Não
há em lugar nenhum.A nave vai do jeito que dá ,como se tudo estivesse no seu
lugar.
Não
arrefeceu em mim o espirito de luta ,mas sozinho não tem muito sentido,além de
desenvolver uma esperança de que algo aconteça.
Sempre
fui contra esta postura:penso que devíamos insistir,criar alternativas,grupos,açulando
a vontade.Contudo a condição objetiva não se move e aí ,sem nem mesmo uma
esperança ,eu não me movo também.
Não
consigo ver Marx como um acadêmico:é sempre associado à luta,mas neste contexto
de desolação não resta também senão incluir no processo de luta certas
discussões filosóficas ou pensamentais a respeito de Marx:suas origens e
influência,o tema da alienação e do comunismo,mas não se há de negar que ele
foi descarnado.
Pelo
menos esta é a minha sensação,depois de destrinchá-lo.Para minha tristeza.
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