segunda-feira, 10 de março de 2025

Kant e a matemática

 

Dentro da filosofia de Kant, a matemática adquire novos significados.Na medida em que a linguagem não restitui o real ,não podendo abarcá-la ,a matemática também não s e referencia a uma quantidade especifica mas o nomeia aquilo que a razão distinguiu no mundo real.

Distinguiu como numero ou antes,como numeral,como algo que nomeia,mas que expressa uma verdade subjetiva dada pela sensibilidade.

Não tem,pois,relação com uma quantidade presente na natureza,no mundo.

Dizer que uma pedra é uma pedra  e depois somar com outras pedras nos remete a uma realidade factual,quantitativa,mas que só é apreendida pela percepção dos sentidos ,não tendo correspondência objetiva com a linguagem.

O melhor é perguntar:o que é uma pedra e nós teremos milhares de manifestações de pedras,as quais só têm valor matemático individualizadas e percebidas pelos sentidos e pela apercepção,a junção entre os sentidos e o a priori,que lhes dá direção.

Daí que se faz esta separação entre numero e numeral.No passado nós falávamos em numero como algo objetivo,mas hoje nos referimos à notação,ao numeral,porque o numero é uma construção subjetiva,uma distinção entre categorias criadas por esta mesma subjetividade:o único e o múltiplo,as contas especificas propriamente ditas e assim sucessivamente.

O numeral é como um epifenômeno ,uma forma construída subjetivamente para designar um fenômeno do mundo apercebido,percebido.

Portanto a matemática assume um papel diferente no pensamento de Kant e este pensamento tem influência até hoje.

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