Dentro
da filosofia de Kant, a matemática adquire novos significados.Na medida em que
a linguagem não restitui o real ,não podendo abarcá-la ,a matemática também não
s e referencia a uma quantidade especifica mas o nomeia aquilo que a razão
distinguiu no mundo real.
Distinguiu
como numero ou antes,como numeral,como algo que nomeia,mas que expressa uma
verdade subjetiva dada pela sensibilidade.
Não
tem,pois,relação com uma quantidade presente na natureza,no mundo.
Dizer
que uma pedra é uma pedra e depois somar
com outras pedras nos remete a uma realidade factual,quantitativa,mas que só é
apreendida pela percepção dos sentidos ,não tendo correspondência objetiva com
a linguagem.
O
melhor é perguntar:o que é uma pedra e nós teremos milhares de manifestações de
pedras,as quais só têm valor matemático individualizadas e percebidas pelos sentidos
e pela apercepção,a junção entre os sentidos e o a priori,que lhes dá direção.
Daí
que se faz esta separação entre numero e numeral.No passado nós falávamos em
numero como algo objetivo,mas hoje nos referimos à notação,ao numeral,porque o
numero é uma construção subjetiva,uma distinção entre categorias criadas por
esta mesma subjetividade:o único e o múltiplo,as contas especificas
propriamente ditas e assim sucessivamente.
O
numeral é como um epifenômeno ,uma forma construída subjetivamente para
designar um fenômeno do mundo apercebido,percebido.
Portanto
a matemática assume um papel diferente no pensamento de Kant e este pensamento
tem influência até hoje.
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