quarta-feira, 5 de março de 2025

A revolução como processualística

 

A minha visão do processo revolucionário segue os princípios do marxismo ocidental:não uma atitude voluntariosa,mas um processo,conforme Gramsci e seus seguidores elaboraram.Sem relativismo moral:em alguns lugares vale o Lênin ,em outros Gramsci.

A primeira antinomia de Gramsci acabou,tudo é ocidente.E é só pela via ocidental que podemos chegar lá.

A partir daí há que se pensar no fim deste processo revolucionário ocidental:eu particularmente não acredito numa pura e simples transformação do estado burguês,mas  acredito que é possível uma hegemonia do mundo do trabalho,até porque em alguns lugares isto já existe.

Mas haverá o momento em que as distinções de classe terão que desaparecer e aí isto se dará como?Com uma maioria de trabalhadores será preciso reprimir violentamente as classes altas?Como se dará esta diluição?Por decreto?

Só vejo uma possibilidade pacifica disto aí:a igualação de todos no patamar produtivo das classes altas.

Mas se não for assim,porque nem todo mundo tem a  perspectiva de atingir o nível das classes altas,ou as tem como modelo,não vejo como escapar de um momento de imposição hegemônica.Uma igualação pela força,já com condições prévias determinadas.

O ideal é que tal se desse numa região total como a Europa,onde a força hegemônica do trabalho fosse capaz de fazê-lo evitando reações.

A capacidade produtiva, igualando de fato a todos,implicaria numa progressiva diluição das classes altas,como queria Bernstein?Não acho.

Nem todo mundo entraria na sociedade anônima,como ele pensava.Penso que vai ter que ter uma igualação no modo-de-produção.

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