A
minha visão do processo revolucionário segue os princípios do marxismo
ocidental:não uma atitude voluntariosa,mas um processo,conforme Gramsci e seus
seguidores elaboraram.Sem relativismo moral:em alguns lugares vale o Lênin ,em
outros Gramsci.
A
primeira antinomia de Gramsci acabou,tudo é ocidente.E é só pela via ocidental
que podemos chegar lá.
A
partir daí há que se pensar no fim deste processo revolucionário ocidental:eu
particularmente não acredito numa pura e simples transformação do estado
burguês,mas acredito que é possível uma
hegemonia do mundo do trabalho,até porque em alguns lugares isto já existe.
Mas
haverá o momento em que as distinções de classe terão que desaparecer e aí isto
se dará como?Com uma maioria de trabalhadores será preciso reprimir
violentamente as classes altas?Como se dará esta diluição?Por decreto?
Só
vejo uma possibilidade pacifica disto aí:a igualação de todos no patamar
produtivo das classes altas.
Mas
se não for assim,porque nem todo mundo tem a
perspectiva de atingir o nível das classes altas,ou as tem como modelo,não
vejo como escapar de um momento de imposição hegemônica.Uma igualação pela
força,já com condições prévias determinadas.
O
ideal é que tal se desse numa região total como a Europa,onde a força hegemônica
do trabalho fosse capaz de fazê-lo evitando reações.
A
capacidade produtiva, igualando de fato a todos,implicaria numa progressiva
diluição das classes altas,como queria Bernstein?Não acho.
Nem
todo mundo entraria na sociedade anônima,como ele pensava.Penso que vai ter que
ter uma igualação no modo-de-produção.
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