Então
o mundo e a vida parecem uma luta entre
aquilo que morre frequentemente e aquilo que tem vocação para ficar.
No
processo da aufhebung a mudança está pari passu ao processo de conservação e a
perspectiva de imortalidade está além do homem,mas passa por ele.
O
que é aquilo que mais se conserva?A religião,que acompanha a humanidade.Depois ,as
criações da cultura;depois as nações.
Eu
diria que os problemas humanos têm vocação para a eternidade.O sexo?A vida
apesar das espécies?
Se
a vida sobrevive apesar das individualidades,o que estas são?A individualidade
é a vida concreta ,mas a vida em geral também é concreta.
Eu
procuro aquilo que é fugás de fato,o que é?As pedras não se modificam,mas
continuam pedras ,de outro modo?
São
as realizações da cultura que podem permanecer um tempo quase idêntico ao da
eternidade,como os poemas de Homero e Dante;ou como as cidades,como Roma.
O
que mais chama a atenção no entanto é que poderíamos ficar indefinidamente(eternamente?)estabelendo
aquilo que muda e perece(só assim muda)e aquilo que permanece.
Os
pincéis mudam,mas as pinturas não.
No
fundo é a subsistência se aguentando no mar de insubsistências.No fundo é a
luta entre o que perece e o que é perene.
Existe
uma dialética entre estas duas coisas?Certamente que sim,mas a própria
dialética subsiste eternamente,como principio?Ela não perece nunca,como produto
da cultura?
Como
algo perene define o que perece,o que muda?Só se resolve esta
contradição(dialética?)se abordarmos o termo mudança.
A
mudança é perene enquanto perece permanentemente.Mas aquilo que fica nega para
sempre a mudança?
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