Quando
li em épocas melhores o livro de Leandro Konder “Marxismo e Alienação” ,uma
idéia que eu só viria a encontrar na fenomenologia,apareceu:do caráter insubstituível
e inigualável de cada pessoa.
Husserl
se refere à esta realidade ao propor o “ eu transcendental”,seguindo Kant.
E
de modo geral outras filosofias e pensamentos buscaram esta singularidade.
A
resposta para a admissão da singularidade,daquilo que os fenômenólogos chamam
de “visada”,irrepetível,eu já venho colocando inúmeras vezes aqui:só se pode
perceber a singularidade e admiti-la a partir daí.Ao buscá-la racionalmente é impossível
dentro do conceito de que a coisa em si é incognoscível.
A
filosofia busca fundamentos,mas a partir de Nietzsche há um momento em que o
fundamento básico,o fundante de todos os fundamentos aparece:a própria
perspectiva individual e singular.
O
fundamento de um fundamento sem fundamento:assim é que se entende a teoria do
eterno retorno.O fim de algo é a possibilidade do começo de outra coisa,de
outro fundamento.de outra linha de fundamentos inter-relacionados.
Mas
este começo é um fundamento sem fundamento e aí que a irrepetibilidade,a
singularidade,surgem para justitificar o pensamento de que há coisas que se
reduzem à própria individualidade:o individuo.
Este
é o sonho:pensar sempre que se é singular,que não existe outro como eu na vida
e a única forma de concebê-lo é pela percepção e não pelo discurso lógico
explicativo.
A
fenomenologia tratou disto,mas em “Marxismo e Alienação”quem apontou este
caminho foi Levi Bruhl,um antropólogo.
De
diversos lugares se pode chegar à singularidade.
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