Continuando
o artigo anterior:
.................
Se
eu relacionar cada ponto com cada vazio(que não é vazio)haverá uma contradição
insolúvel porque não é possível conciliar cada um deles,indistinto com a
realidade que os perpassa.
Supondo
que estes pontos são os diversos ernestos,que se modificam a cada segundo ou a
cada minuto e no meio ,nos interstícios está o ernesto,como conciliar o ernesto
2 com o ernesto em geral que já se modificou?E se cada ponto é um pouco o
ernesto em geral,qual a diferença entre um e outro?
Isto
nos remete para a conclusão final de Kant:é impossível apreender de fato o
real,muito menos in totum .
O
real é uma contradição insolúvel que só uma construção subjetiva dá sentido.
Os
instantes do tempo são momentos fugazes reais?Nós podemos dizer que há um
momento,separado de outro?Problemas que a ciência,a ciência física,tenta
resolver.
Admitindo
que sim ,nós temos como fazer um acordo entre a subjetividade e o real,por mais
fugaz que seja.Mesmo assim esta fugacidade nos remete para outros problemas:o
que vem depois e antes desta fugacidade?Ela é separada de fato do mundo?Então
como é um instante fugaz,um átomo?Um momento?
Tudo
nos leva para a mesma conclusão anterior,que dá conta de que o mundo é inapreensível
e que suas realidades só são compreensíveis naquele modo que Da Vinci gostava
de falar: “ O conhecimento é como a ação das mariposas em volta da luz:se se
aproximam demais,queimam as asas”.
Há
um limite,uma prudência exigível no ato de conhecer e o que resta do antigo
racionalismo é esta eventual adequação entre sujeito e objeto no tempo e no movimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário